18 de dez. de 2008

Romance sobre duas rodas

ACP protesta contra possível encerramento ao trânsito do Terreiro do Paço

Ontem saltou para os jornais a notícia que o ACP se manifestou contra o plano de encerramento do trânsito na Praça do Comércio, pela Câmara de Lisboa. Alega o ACP que o plano vai afectar gravemente a mobilidade de Lisboa já que por ali passam diariamente 78 000 viaturas e que elas teriam de ser desviadas para ruas adjacentes e estreitas da Baixa Pombalina. Até porque basta ver o que se passa aos Domingos quando enormes filas de carros crescem devido à palhaçada de fechar o Terreiro do Paço ao trânsito, para meia dúzia peões e ciclistas andar a passear.



Acho que o ACP tem toda a razão! Fechar a via que vai da Avenida Infante D. Henrique para o Cais do Sodré é um autentico crime! Mas isso cabe na cabeça de alguém? Então como é que o pessoal pode assim passear nos seus carros por essa zona? Como é que é possível as pessoas se deslocarem para os seus empregos ou apenas passarem por lá estando aquilo fechado ao trânsito? Se calhar tem de ir pela Carris ou pelo Metro, não? E o próprio Terreiro do Paço deveria ser aberto e usado ao que realmente é importante, os maravilhosos carros! Qual a utilidade de estar vazio? Para os peões e "cámones" andarem a tirar fotos? Estupidez crua e pura. O Terreiro do Paço tem de voltar a ser um belo estacionamento de automóveis como era há uns anos atrás e a foto abaixo mostra:

(Foto gamada do Menos Um Carro)

Sem dúvida que tentar afastar e impedir os carros desta zona nobre de Lisboa é algo de completamente despropositado. Será que a ideia da Câmara é matar a Baixa? Querer fazer do Terreiro do Paço uma zona completamente morta como são as Ramblas em Barcelona onde o trânsito automóvel foi quase totalmente cortado?


Ou como no centro de Amesterdão onde quase só há esses empatas dos peões e perigosos ciclistas, e onde impedem as pessoas de passear e gozar a cidade de dentro do seu carro? Será que é isso que Lisboa quer? Já não basta ver a Rua Augusta morrer desde que foi fechada ao trânsito, agora também o local nobre de Lisboa?
Qual o prazer que uma pessoa tem em entrar numa praça nobre e encontrá-la fechada ao transito? Não haver estacionamentos para os úteis carros e só se encontrar mesas e cadeiras para relaxar com uma bebida, isso é que conta?


Aliás, acho que o ACP fica muito aquém na indignação que apresenta à Câmara. Devia exigir que a Rua Augusta fosse devolvida aos carros para que renascesse. Deveria exigir que as vias rápidas da Rua da Prata e Rua do Ouro tivessem limites de velocidade a condizer, pelo menos 100Km/h. Já que são quase auto-estradas dentro da cidade, que tenham velocidades condignas. Diminuir os passeios no Rossio e praça da Figueira para que se possa estacionar. Pois como está todo esse espaço entregue ao palhaço do peão, é um esbanjar dum bem precioso e bem mais útil para os automóveis. Voltar a meter os automóveis em Alfama, Mouraria e Bairro Alto! É uma falta de liberdade não se poder andar em muitas dessas ruas agora fechadas ao trânsito. E então os moradores não tem direito a ter lá o seu carro à porta??? É um atentado aos direitos dos moradores que tem de ser denunciado. Já agora a Câmara em vez de andar a estoirar rios de dinheiro em ciclovias, devia canalizar esses euros para construir mais parque de estacionamento subterrâneos no Terreiro do Paço, debaixo do Bairro Alto, debaixo do Castelo, debaixo de cada rua, no mínimo! E acabar de vez com o Dia Sem Carros, outra ideia parva sem pés nem cabeça. E se não for pedir muito, colocar a Polícia Municipal a multar e proibir quem andasse de bicicleta pela cidade pois esses gajos são uns criminosos pois promovem imensos acidentes aos automobilistas e tentam incentivar uma maléfica cultura anti-carro.

Penso que o ACP ainda devia exigir mais umas coisitas mas como tenho já o estômago meio às voltas com esta história, acho que fico por aqui....

15 de dez. de 2008

Continuando com coisas do outro mundo...

É um outro mundo...

Embora no mesmo hemisfério, Japão fica do outro lado mundo, tanto geograficamente como culturalmente. Vejam bem este sistema de estacionamento de bicicletas no país do sol nascente.




Mais fotos e pormenores aqui. Por aqui nega-se financiamento para uma capital mais biciclável a pretexto que os portugueses não pedalam nem estão virados para isso.

Vá lá, andam-se a fazer umas obras na ciclovia da radial de Benfica, aparentemente unindo os dois troços dessa ciclovia e ligando-a a uma passagem pedonal por cima da linha de Sintra. É o que se pode arranjar por cá...

12 de dez. de 2008

Contra-ataque das petrolíferas e dos construtores de carros...


- Acabei de descobrir, Johnson... Nós aumentaremos ridiculamente o preço do lubrificante das correntes para que eles voltem a conduzir novamente... É de génio!


Fanado à bruta do Notas ao café

1 de dez. de 2008

Ciclista com asas

Aqui o estaminé tem andado meio parado mas não pensem que deixei a minha bike de lado! Tem andado meio parada e este tempinho húmido e frio não tem ajudado. Mas deixo aqui uma imagem dum anjinho de bicicleta para aquecer o ambiente...